terça-feira, 5 de janeiro de 2010

AS AVENTURAS DO PEDAL-FORTE

Salve galera do pedal!

Férias, pouca coisa pra fazer... já viram tudo. Na hora da pedalada o sossego (e a fictícia sobra de tempo e energia) contribuíram.

Enfim, aí está, o trecho oculto da pedalada de PG até o Canyon do Guartelá!

Por volta das 08:16 da manhã, desfechou-se o seguinte episódio:


Um abraço e força no pedal!

PS: nem eu me aguento de ver isso ... kkkkk

Lanternas

Salve galera do pedal!

Hoje o papo é segurança. Pra começar, vem aquela perguntinha: quanto vale sua vida?
~
Tem ciclista que anda sem nada na bike, achando que os carros tem mais que dar espaço, que não respeitam os ciclistas, etc. e tal. Tem muito motorista que realmente não respeita a gente, mas a proporção dos que são imprudentes é bem pequena em relação aos que são cuidadosos. Entretanto não adianta sair pra pedalar torcendo pra encontrar apenas motoristas bons, isso não faz parte do mundo real. O esquema é se cuidar e fazer-se notar pelos motoristas - todos.

A um tempo atrás comecei a fazer alguns testes, experimentando e observando o comportamento dos nossos amigos que andam de carro.

Pra começar coloquei só uma bermuda e uma camiseta para dar uma pedalada. Resultado: os carros passavam do lado, tirando a tinta da bike e quase uns pedaços de mim.

Depois saí com a roupa, e já notei que os motoristas começaram a andar um pouquinho mais longe.

Em seguida saí com o capacete. Aí a coisa já mudou de figura: nas ruas onde é possível os carros até puxam para a esquerda para dar espaço para o ciclista praticar seu esporte.

O problema voltou quando o assunto foi pedalar de noite, pois mesmo com o uniforme e capacete, os motoristas não enxergavam a bike de longe, e quando notavam já estavam muito perto para fazer a manobra de desvio.

Resolvi colocar minha lanterna frontal no canote. É uma sigma sport, modelo blade, como a da foto abaixo. Essa daí me salvou algumas vezes! Em MG passávamos por túneis com trilhos debaixo das montanhas, e era totalmente escuro, muito massa. Errava bastante o caminho com ela, mas pelo menos não caía nos buracos bem grandes! A lanterna é boa, o sistema de travamento muito bom, tem ajuste de ângulo em 360º, não entra água. O único problema comigo foi o excesso de uso! Queimou um dos leds! : )


Outra vez mudou a coisa: os motoristas novamente passavam longe. No entanto, em algumas ruas, quando o motorista vinha de frente, não podia ver a bike. Resultado: comprei mais uma lanterna para colocar na frente.

Dei uma pesquisada, e acabei comprando uma de 12 leds (por ser mais forte que as disponíveis para bike na época) e fiz uma adaptação com presilhas.


Até que um dia, eu estava andando com as duas lanternas e já estava um pouco longe, quando a lei de Murphy resolveu funcionar: acabou a pilha da lanterna traseira. Sem chance de poder trocar pilhas ou coisa parecida, tive que ir pra casa com cuidado redobrado.

Fiquei pensando numa solução para este problema (além de carregar pilhas extra!) e resolvi comprar um colete reflexivo, de segurança. Saí com as lanternas desligadas e o resultado não foi tão bom quanto esperado, mas valeu: os motoristas passavam pouco longe, mas eu não estava naquela situação boa onde o motorista desvia bastante, mas também não estava naquela que ele passa tão perto.

A segunda parte da solução foi usar lanternas iguais, e passado um tempo substituí a blade por mais uma de 12 leds. Ficou belezinha, parecia uma penteadeira, mas pelo menos me fazia notar facilmente.

Bem, na pedalada que saímos daqui de Ponta Grossa para Caiobá, meus companheiros de viagem um tanto quanto despreparados nesse ponto, não tinham sequer lanterna - amadores. Ao anoitecer do segundo dia, emprestei a blade para um deles e o colete para o cidadão que ia no meio de nós e fiquei com as outras duas que já estavam na minha bike.

Num certo momento na viagem tiramos o colete do cidadão que estava no meio para que eu colocasse porque achamos que seria melhor. Eu que estava andando atrás dele não conseguia enxergá-lo a cerca de 3 ou 4 metros de distância. Paramos e colocamos novamente o colete nele. Quando os carros apontavam na estrada lá atras, notei então que o colete dele brilhava, aí tive certeza que apesar de ridículo, um colete desses funciona e o motorista te enxerga.

Bom, no meio de 2009 - com sorte, minhas duas lanternas pifaram numa vez só. Duraram mais ou menos 2 anos. Estava bom, pelo preço que custaram e a claridade que fizeram, valeu.

Aí comprei duas lanterninhas da CatEye - recomendação da Ponta Bike em PG (atendimento show de bola, consultoria de primeira!), que estão aí embaixo:

Uma HL-EL530


e uma TL-LD130

As duas muito boas:

- a Head-light tem autonomia para 90 horas, resistência a água e usa 4 pilhas pequenas - diga-se de passagem ilumina pra cacete;
- a Tail-light funciona bem também, tem 3 modos de pisca e autonomia para 150 horas com duas pilhas palito.

Gostei que as duas têm o sistema de travamento Flex-Tight, onde não é necessária ferramenta nenhuma para colocar ou tirar as lanternas da bike, ao contrário das minhas adaptações que eu tinha feito antes, hehehe. O sistema funciona como uma abraçadeira que você pode apertar ou afrouxar com a mão. Aprovadíssimas, sem dúvidas.


Pra concluir: notei que no trânsito a "linguagem" dos motoristas é luz. No semáforo, nos outros carros, etc. Se você quiser que os motoristas "conversem" com você e te respeitem, use lanterna de noite. Não é 100% garantido, mas uns 90% acho que sim. Pelo menos um motorista (daqueles doidos) vai pensar duas vezes antes de tentar passar por cima de você.

Temos que andar sempre pensando na pior situação, o acidente. Por isso andar protegidos é tão importante. A bike ficar com pouco peso, também, mas você inteiro vale bem mais que alguns gramas.

Não adianta ter equipamento e deixar em casa ou não querer usar. Sai muito mais caro o hospital depois para consertar o osso quebrado do que o equipamento para prevenir e fazer a segurança, sem falar que depois de um acidente sabe-se lá se você vai poder andar denovo ou quanto tempo vai ter que ficar parado sem andar.

Outros equipamentos como capacete - indispensável e luvas e cotoveleira, podendo comprar use. Já vi muleque tirar a palma da mão - o tombo muito feio numa pedalada de ciclo turismo, já vi um cara se salvar porque estava de capacete numa velha estrada ao cair e ir arrastando o peito no chão e parar batendo o capacete numa pedra. Não pensem que esses acidentes só acontecem quando eu estou por perto! Pode acontecer com você a qualquer hora.

Uma frase que eu sempre digo: a estrada pode ser a mesma, mas nunca está igual. Excesso de confiança também é outro aliado dos acidentes!

Bom, é isso ae. Se você teve a paciência de ler tudo até aqui, obrigado! : D

Um abraço e força no pedal!